Os jardins verticais apresentam algumas adversidades que um jardim tradicional não tem. Isso acaba restringindo um pouco o número de espécies ornamentais disponíveis para compor este tipo de jardim. Assim, montamos um artigo com dicas para auxiliar no planejamento e escolha das espécies que vão compor seu jardim vertical. Aproveite!
Em primeiro lugar, precisamos saber que um jardim vertical típico não comporta plantas com grandes raízes ou com raízes agressivas. Pois estas além de não terem espaço para crescer, ainda podem acabar danificando a estrutura de suporte. Outro motivo para se evitar grandes raízes, incluindo árvores e arbustos é o peso demasiado da planta e do substrato correspondente sobre a estrutura. Mas, nada impede que se crie um jardim com árvores e arbustos, a questão é que esta escolha deve ser feita antes mesmo da construção do prédio, para que se calcule adequadamente a carga a mais que essas plantas vão adicionar.
Outro fator que deve ser levado em consideração é a incidência de ventos e luz solar direta. Em jardins verticais localizados em fachadas de prédios por exemplo, o sol e os ventos intensos podem ser impeditivos para muitas espécies. Assim, deve-se evitar plantas com grande necessidade de água, como também plantas com folhagem macia e delicada. No entanto, jardins verticais protegidos e em locais semi-sombreados permitem espécies que não se adaptariam às condições anteriores.
As plantas também devem preferencialmente ser perenes. Do contrário, o jardim demandará manutenção constante, o que é contrário aos princípios de sustentabilidade que andam junto com os jardins verticais. No entanto, há uma situação em especial que pede jardins verticais com plantas anuais, aqueles destinados à cultura de plantas hortícolas, sendo estas, sem sua grande maioria plantas anuais. Nestes jardins há que se cuidar que às plantas estejam ao alcance das mãos.
Para obtermos um jardim vertical bem denso e fechado, de forma que a estrutura não apareça, deve-se escolher plantas pendentes a semi-pendentes, ou com folhagem prostrada a arqueada. Sempre tendo em mente espécies bem cheias, com ramos ou folhas que saem da base.
De forma geral, é uma boa saída escolher plantas epífitas ou rupícolas para jardins verticais. Estas plantas, geralmente se adaptam muito bem às condições de pouco substrato, ventos e outras adversidades. Outras opções bem interessantes são forrações rústicas, que muitas vezes são úteis em acrescentar um colorido diferente ao jardim. Lembre-se que uma boa parte do custo de um jardim vertical pode vir da aquisição das plantas, que por serem perenes, tendem a ser um pouco mais caras. Não será nada bom ter que substituir uma parte delas após um tempo de implantação, principalmente se o jardim estiver situado em local de difícil acesso.
Leve sempre em consideração, na escolha das plantas, à disponibilidade de água e a frequência de irrigação possível. Assim não corre o risco de plantar samambaias, onde possivelmente só podem viver cactos.
Abaixo, algumas sugestões de plantas para jardins verticais:
Plantas para locais com sol pleno:
Barba-de-serpente
Colar-de-pérolas
Flor-canhota
Hera-inglesa
Jibóia
Lambari-roxo
Russélia
Trapoeraba-roxa
Aspargo-rabo-de-gato
Aspargo
Liríope
Tilândsia
Plantas para locais semi-sombreados (internos ou externos):
Barba-de-serpente
Jibóia
Samambaia
Aspargo
Antúrio
Columéia
Véu-de-noiva
Ripsális
Flor-batom
Liríope
Vriésia
Flor-de-maio
Rabo-de-burro
Rabo-de-gato
Singônio
Babosa-de-pau
Chifre-de-veado
Guzmania
Falenópsis
Asplênio