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Como cultivar Cóleus: Dicas infalíveis para Iniciantes!

Raquel Patro

Atualizado em

Coleus vermelho e verde

Se você está pensando em entrar no mundo da jardinagem, mas acha que não tem o “dom” das plantas, o cóleus (Solenostemon scutellarioides) pode ser o seu novo melhor amigo. Conhecido também como “coração-magoado”, essa planta é tão colorida que parece que foi pintada à mão. E o melhor? Ela é tão fácil de cuidar que até quem já matou cactos pode ter sucesso com ela.

Neste artigo, vamos te guiar no cultivo de cóleus em casa, sem promessas milagrosas. Vamos falar de luz, água, solo e tudo mais que você precisa saber para ter sucesso no cultivo dessa planta tão exuberante. Pronto para começar? Vamos lá!

É difícil não ficar encantando com tantas cultivares diferentes de Cóleus.
É difícil não ficar encantando com tantas cultivares diferentes de Cóleus.

Por que o cóleus é uma boa escolha?

Antes de entrarmos nas dicas práticas, vamos refletir: por que o cóleus? Bom, além de ser uma planta que parece ter saído de um galeria de arte, de tão linda, ela é resistente, adaptável e não exige uma pós gradução em jardinagem para ser cuidada. Você pode cultivá-la em vasos dentro de casa ou em canteiros no jardim, e ela ainda te perdoa se você esquecer de regar de vez em quando (mas não abuse, ok?).

E aí, já imaginou como um cóleus pode dar um up no visual da sua casa? Ou será que ele vai ser aquele amigo que você esquece no canto, mas que mesmo assim sobrevive? Vamos descobrir!

1. Onde colocar o cóleus: sol ou sombra?

A primeira pergunta que todo mundo faz é: “Onde eu coloco essa planta?”. O cóleus gosta de muita luz, mas o local ideal para o cultivo vai depender de onde você mora. Em climas quentes, como em regiões tropicais e equatoriais, ele não vai gostar de sol direto o dia todo. Neste caso o ideal é um local com meia-sombra, onde ele pegue luz direta por 4 a 6 horas por dia, preferencialmente pela manhã ou no final da tarde.

Mas se você vive em regiões subtropicais, temperadas ou até mesmo em regiões tropicais de altitude, o cóleus pode sim apreciar o sol direto o dia todo no jardim. Ele ficará belíssimo em canteiros coloridos, contrastando com outras variedades ou até mesmo com outras plantas.

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Um canteiro à meia sombra é o ideal para locais quentes.
Um canteiro à meia sombra é o ideal para locais quentes.

E dentro de casa? Será que pode? Muita gente cultiva o cóleus dentro de casa, e ele pode gostar bastante dessa situação, desde que receba muita luz. O local mais pertinho da janela, onde bate sol ou tem uma cortina transparente, será o lugar ideal para posicionar seu vaso de cóleus.

E aí, já pensou onde vai colocar o seu cóleus? Será que ele vai gostar daquele cantinho perto da janela da cozinha? Ou será que ele vai preferir a varanda? A planta não fala, mas com certeza vai dar sinais!

Fique atento a sinais como estiolamento (plantas compridas, com folhas descoloridas), assim como a infestação por cochonilhas. Estes podem ser sinais claros de falta de luz.

2. O solo: nem tão básico, nem tão gourmet

O cóleus não é daqueles plantas frescas que exigem uma terra super especial. Ele gosta de um substrato bem drenado e rico em matéria orgânica. Uma mistura simples de terra vegetal, húmus de minhoca e um pouco de areia grossa já resolve o problema. Claro que você pode usar outros materias, aproveitando o que tem disponível na sua região. O importante é que a terra fique leve e drenável, ao mesmo tempo em que tem uma boa quantidade de matéria orgânica para segurar um pouco da umidade.

Fuja do solo argiloso, que empoça água com facilidade, e fica duro com o tempo. Da mesma forma, um solo arenoso demais vai secar muito rápido e fazer seu cóleus sofrer com as variações. Se o solo do seu jardim tiver problemas de drenagem, experimente fazer canteiros elevados para plantar sua coleção de cóleus. A posição mais elevada favorece a drenagem, e mantém suas plantas sadias.

Cultivar em vasos ou em canteiros elevados pode ser a solução para jardins com má drenagem.
Cultivar em vasos ou em canteiros elevados pode ser a solução para jardins com má drenagem.

Já pensou como o solo é a base de tudo? É tipo a cama da planta: se for boa, ela cresce feliz. Se for ruim, bem… você já sabe como é dormir em um colchão duro, né?

3. Regar: nem afogar, nem deixar morrer de sede

Aqui vai uma das dicas mais importantes: o cóleus gosta de umidade, mas não de ficar encharcado. Regue quando o solo estiver seco ao toque, mas sem exageros. No verão, pode ser a cada 2 ou 3 dias; no inverno, a cada 5 ou 7 dias. Mas não fique preso a regras. O foco deve ser manter o substrato levemente úmido o tempo todo, e não esperar que seque entre as regas, o que já configura um importante estresse hídrico e sofrimento para suas plantas.

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Curiosidade: O excesso de água é o principal erro de quem cultiva cóleus. Ele pode levar ao apodrecimento das raízes, e aí já era. Então, segure a ansiedade e cuidado para não pecar por excesso na hora de regar.

E aí, já parou para pensar como a rega certa é tipo um relacionamento? Nem demais, nem de menos. Só na medida certa!

A água é uma boa amiga do cóleus, que responde com folhas grandes e vistosas.
A água é uma boa amiga do cóleus, que responde com folhas grandes e vistosas.

4. Adubação: o “lanchinho” do cóleus

Para manter as folhas do cóleus sempre bonitas e coloridas, a adubação é importante. Como ele é uma planta de rápido crescimento, e que muitas vezes é tratada como anual ou bienal, ele é bastante exigente em fertilidade. O que não quer dizer que ele precise de adubos caros! Longe disso. Os fertilizantes comuns, de ação rápida, e com uma aplicação mensal regular, são os melhores para esta planta.

Mas há que se ter um cuidado: Como o cóleus é uma planta que produz antocianinas e carotenóides (substâncias que lhes conferem as cores vibrantes características), não deixe de usar adubos que contenham nutrientes além do NPK comum (nitrogênio, fósforo e potássio). Utilize adubos que também sejam fontes de magnésio, enxofre e cálcio, assim como micronutrientes.

Complemente com um fertilizante orgânico, como húmus de minhoca, bokashi ou torta de neem, a cada 2 meses. Se preferir, pode usar um fertilizante líquido para plantas folhagens, aplicado a cada 15 dias durante a primavera e o verão.

Dica rápida: Não exagere na quantidade de adubo. Mais não significa melhor, e você não quer queimar as raízes da sua planta, certo?

As incríveis cores do cóleus necessitam de nutrientes especiais como o magnésio.
Pouca gente sabe, mas as incríveis cores do cóleus necessitam de nutrientes especiais como o magnésio.

Já imaginou como os nutrientes são como um lanchinho saudável para o cóleus? Eles mantêm a planta forte e cheia de energia! Plantas raquíticas por falta de adubação, não desenvolvem folhas bonitas e coloridas e são alvo fácil para cochonilhas.

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5. Poda: o “pulo do gato” do cóleus

O cóleus cresce rápido, e a poda é essencial para que ele cresça e se mantenha bonito e compacto. As primeiras podas são por beliscamento, onde retiramos os ponteiros das plantas, com um beliscão rápido feito com a ponta dos dedos. Se você ficar inseguro com o beliscão, pode utilizar a tesoura que o efeito será o mesmo. Esta poda, apesar de parecer cruel, é fundamental para “quebrar a dominância apical” e estimular que a planta cresça os ramos laterais. O efeito final é uma planta que cresce ramificada desde a base, com um aspecto bem cheio e compacto.

Conforme a planta cresce e se desenvolve, alguns galhos podem ficar muito compridos. Renove seu aspecto geral com uma poda leve, cortando cerca de 1/3 do comprimento. Isso estimula o crescimento de novos brotos, folhas novas e deixa a planta mais densa.

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Dica especial: Use as pontas podadas para fazer mudas. O cóleus se reproduz facilmente por estacas, e logo você terá mais plantas para espalhar pelo jardim (ou presentear os amigos).

E aí, que tal imaginar como uma simples poda pode multiplicar a beleza do seu jardim? É tipo um “corte de cabelo” que deixa todo mundo mais bonito!

Plantas incrivelmente compactas e cheias só são obtidas através da poda.
Plantas incrivelmente compactas e cheias só são obtidas através da poda.

6. Multiplicando o cóleus: faça suas próprias mudas

Falando em mudas, você sabia que o cóleus é uma das plantas mais fáceis de propagar? Basta cortar um galho saudável, retirar as folhas da base e colocá-lo em um copo com água ou em substrato comum. Em poucos dias, as raízes começarão a aparecer, e você poderá plantar a nova muda em um vaso. Isso mesmo, a não ser que você queira uma produção comercial, não é preciso cuidados especiais, hormônios ou técnicas mirabolantes. Basta enfiar o galhinho na terra, ou deixar na água, que em pouco tempo você já terá uma planta sadia para cultivar em vasos ou no jardim.

Dica prática: Para maiores chances de sucesso, escolha galhos com pelo menos 10 cm de comprimento e faça o corte logo abaixo de um (aquele pontinho onde as folhas nascem). É deste nó que as raízes vão nascer.

Quando sua plantinha der sinais de crescimento, como o crescimento de um brotinho, ela já estará pronta para ir para o local definitivo. Evite fazer mudanças bruscas de luminosidade neste momento. Se ela enraizou na sombra, mantenha na sombra… prefira fazer mudanças graduais na luminosidade, ao longo de vários dias, dando tempo da plantinha se adaptar às novas condições.

Já pensou em presentear os amigos com mudas de cóleus? É uma ótima maneira de compartilhar a paixão pelas plantas (e ainda economizar no presente)!

7. Pragas e doenças: o lado chato da jardinagem

Apesar de resistente, o cóleus pode ser atacado por pragas como pulgões e cochonilhas. Fique de olho nas folhas e, se notar qualquer sinal de infestação, lave-as com água e sabão neutro ou use um inseticida natural, como óleo de neem. Caso você tenha muitas plantas, a utilização de um inseticida tradicional, à base de água, pode ser necessário.

Dica preventiva: Manter a planta bem ventilada e evitar o excesso de umidade são medidas simples que ajudam a prevenir problemas. A quantidade certa de luz (nem demais nem de menos), assim como uma adubação equilibrada são o segredo para plantas fortes e resistentes a pragas e doenças.

E aí, já imaginou como um olhar atento pode salvar o seu cóleus de visitantes indesejados? É tipo aquela amiga que sempre avisa quando tem algo no seu dente.

Cuidado: Não aplique inseticidas (naturais ou não), na hora do sol forte. Prefira o final da tarde para evitar queimadura química nas folhas.

8. Vento: o inimigo invisível

Você sabia que o vento pode ser um problema para o cóleus? Essa planta tem folhas grandes e delicadas, que podem rasgar ou quebrar com ventos fortes. Os ramos naturalmente compactos, ficam desarrumados e quebrados sob condições de vento intenso. Se você mora em uma região ventosa, procure um local protegido para o seu cóleus, como perto de uma parede ou sob a proteção de outras plantas.

Dica prática: Se o cóleus estiver em um vaso, você pode movê-lo para um local mais protegido nos dias de vento forte. Já se ele estiver em um canteiro, considere plantar arbustos ou cercas vivas ao redor para criar uma barreira natural.

9. Floração: deixar ou remover as flores?

O cóleus é cultivado principalmente por suas folhas coloridas, mas ele também produz pequenas flores azuis ou roxas. A questão é: você deve deixá-las ou removê-las? Bem, isso depende do seu objetivo. As flores são bonitas, mas elas podem tirar a energia da planta, fazendo com que as folhas percam um pouco do seu vigor.

Dica de ouro: Se você quer que o cóleus mantenha as folhas sempre bonitas e vibrantes, remova as flores assim que elas aparecerem. Basta cortar os talos florais com uma tesoura limpa.

Já pensou em como a natureza é cheia de escolhas? Não tenha medo de fazer as suas! Não decidir também é uma decisão.

Remover as flores permite que a planta do cóleus redirecione toda a energia para folhas lindas, coloridas e com texturas incríveis.
Remover as flores permite que a planta do cóleus redirecione toda a energia para folhas lindas, coloridas e com texturas incríveis.

10. Replantio: renovando a vida do cóleus

Apesar de ser uma planta perene, o cóleus é muitas vezes tratado como anual ou bienal, pois pode perder o vigor e a beleza após um ou dois anos. Para mantê-lo sempre bonito, é importante fazer o replantio periodicamente. Se o cóleus estiver em um vaso, você pode trocar o substrato e podar as raízes a cada 12 a 18 meses. Já se ele estiver em um canteiro, considere replantar mudas novas (que você mesmo fez por estacas!) para renovar o visual do jardim.

Dica prática: Ao replantar, escolha um vaso um pouco maior que o anterior ou um canteiro com espaço suficiente para as raízes se expandirem. E não se esqueça de adicionar um pouco de matéria orgânica ao solo para renovar os nutrientes e a aeração.

E aí, já pensou em como o replantio é tipo uma “reforma” para a planta? É uma chance de recomeçar e deixar tudo ainda mais bonito!

Inspire-se e comece hoje mesmo!

Agora que você já sabe como cultivar cóleus em casa ou no jardim, que tal colocar a mão na massa? Escolha um cantinho especial, prepare o solo, regue com carinho e veja sua planta crescer cheia de vida e cores.

Lembre-se: a jardinagem é uma jornada de aprendizado e descobertas. E com o cóleus, você tem um companheiro perfeito e colorido para começar. Então, o que está esperando? Vamos transformar sua casa em um verdadeiro jardim tropical (ou pelo menos em um cantinho mais verde)!

E aí, gostou das dicas? Compartilhe este artigo com suas comadres e compadres.

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Sobre Raquel Patro

Raquel Patro é paisagista e fundadora do site Jardineiro.net. Desde 2006, ela desenvolve conteúdos especializados em plantas e jardins, pois acredita que todas as pessoas, sejam amadores ou profissionais, devem ter acesso a conteúdos de qualidade. Nerd de carteirinha, ela gosta de livros, ficção científica e tecnologia.