A Samambaia-azul (Phlebodium aureum) é uma planta encantadora que pertence à família Polypodiaceae. Originária das regiões tropicais das Américas, essa samambaia é amplamente apreciada por sua beleza e exuberância. Seu habitat natural abrange desde o sul da Flórida e Bahamas até a América Central e partes da América do Sul, incluindo países como Brasil, Colômbia e Venezuela.
A Samambaia-azul é uma planta herbácea perene, com rizomas recobertos por pelo finos, de cor dourada que se estendem pelo substrato, promovendo sua fixação. Ela cresce como terrestre ou epífita, geralmente colonizando o estipe fibroso de algumas de palmeiras. Suas frondes são glaucas, ou seja, apresentam uma coloração verde-esmeralda, que pode variar em tons de azul acinzentado devido a uma fina cobertura de cera azulada em sua superfície. Cada fronde é pinada, com os folíolos, que são segmentos menores da folha, unidos pela base, conferindo uma aparência lobada à frondes da planta. Cada fronde pode atingir cerca de 60 cm a 1 metro de altura, dependendo das condições de cultivo. A planta produz esporos nas frondes mais maduras, que se unem em soros castanhos e circulares, na face abaxial das folhas, e são liberados no ambiente para a reprodução. Entre as cultivares populares da Phlebodium aureum, destacam-se a “Blue Star”, que apresenta uma tonalidade azulada ainda mais intensa, e a “Mandaianum”, com folíolos mais estreitos, ondulados e alongadas.
Devido à sua aparência exótica, tropical e elegante, a Samambaia-azul é frequentemente utilizada em projetos paisagísticos, especialmente em jardins de sombra ou áreas internas, como varandas, jardins verticais, assim como em vasos e cestas suspensas. Sua presença traz um toque de frescor e harmonia aos ambientes, sendo uma excelente opção para quem busca uma decoração natural e diferenciada. Além de sua beleza estética, a Phlebodium aureum possui propriedades que a tornam uma planta interessante. Acredita-se que ela seja capaz de purificar o ar, removendo certas toxinas presentes no ambiente. Outro fato curioso é que a coloração azulada de suas folhas é resultado da interação entre a luz solar e a composição química da cera presente na superfície foliar.
A luminosidade ideal para a samabaia-azul é a luz indireta ou sombra parcial, pois a exposição direta ao sol pode causar danos às folhas. Quanto ao substrato, uma mistura de terra vegetal, turfa e esfagno é uma boa opção para garantir o desenvolvimento saudável da planta. Se preferir um substrato pronto, utilize aqueles destinados à samambaias, que são fibrosos e drenáveis. Essa samambaia aprecia temperaturas amenas a quentes, entre 18°C e 27°C, sendo importante evitar locais muito frios, sujeitos à geadas. Ela aprecia ambientes com alta umidade do ar, o que pode ser alcançado por meio de borrifamento frequente de água nas folhas e proximidade com fontes de água, como pequenos reservatórios, cascatas, umidificadores ou outras plantas.
No que diz respeito às regas, é essencial manter o substrato sempre úmido, mas não encharcado, pois o acúmulo excessivo de água pode levar ao apodrecimento das raízes. Em períodos de estiagem, é necessário redobrar a atenção às regas para evitar a desidratação da planta. Recomenda-se utilizar um fertilizante líquido orgânico ou um granulado de liberação lenta, seguindo as instruções do fabricante, para garantir uma nutrição equilibrada da samambaia.
A Phlebodium aureum pode ser multiplicada por meio da divisão dos rizomas ou por esporos. A divisão dos rizomas deve ser realizada com cuidado, garantindo que cada nova planta contenha raízes e folhas saudáveis. Já a propagação por esporos requer um processo mais complexo, onde os esporos são colhidos das frondes maduras, germinados em um substrato adequado, em caixas de umidade, e, posteriormente, transplantados para vasos individuais.