A bromélia porto-seguro é uma planta herbácea de folhagem e florescimento muito ornamentais. Ela é originária de regiões de restinga da Mata Atlântica, vegetando principalmente do Espírito Santo à Bahia. Esta bromélia, com forma de vaso e cor vibrante é vedete dos jardins tropicais, principalmente os de regiões litorâneas. Ela foi popularizada nos anos 60 por Roberto Burle Marx, o famoso paisagista, que a utilizada em largos maciços sob pleno sol. O contraste e o brilho que a porto-seguro confere ao jardim é espetacular.
Suas folhas são laminares, rijas, brilhantes e dispostas em roseta, formando um vaso capaz de acumular até um litro de água. Elas podem chegar a 90 cm de comprimento e possuem espinhos em toda margem. Dependendo das condições de luminosidade a cor das folhas varia. Assim, se cultivada sob meia sombra, adquire tons verde claros. No entanto, se receber sol pleno, pode tornar-se bem amarela e até mesmo laranja-avermelhada. A inflorescência é ramificada e alta, podendo chegar a 1,7 metros de altura. Ela é muito durável e apresenta flores pequenas, envoltas por brácteas vermelhas e amarelas. Os frutos que se seguem são pequenas bagas elípticas, com sementes diminutas.
Deve ser cultivada sob meia sombra ou sol pleno, em solo leve, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado frequentemente. Esta bromélia tem hábito terrestre ou epífito. Assim sendo, podemos plantá-la em canteiros no jardim, em vasos, e até mesmo fixá-la no tronco das árvores. Como a maioria das bromélias epífitas, a porto-seguro deve estar sempre com água dentro de sua roseta de folhas. Para evitar a multiplicação do mosquito da dengue, recomenda-se aplicar borra de café no centro da planta. Tolera o frio de até -3°C, mas não resiste a geadas fortes. Multiplica-se por sementes, mas mais facilmente por separação das mudas que se formam após a floração da planta. Antes de separar, aguarde que a nova muda tenha ao menos 2/3 do tamanho da planta mãe. Como toda bromélia, após a floração a planta não floresce mais e vai definhando. Mas não descarte a planta velha, mesmo feia e não florescendo mais, ela pode ser capaz de gerar novas mudas antes de morrer.