A palmeira-rabo-de-peixe (Caryota mitis) é uma espécie ornamental, de estipe solitário ou, mais frequentemente, de múltiplos estipes. Desprovida de palmito, ela atinge cerca de 15 cm de diâmetro e touceiras bem fechadas, de até 10 metros de altura. O que mais caracteriza esse gênero de palmeiras é o formato de seus folíolos, que lembra a cauda dos peixes, o que lhe vale o nome popular.
Suas folhas são bipinadas, verde claras, com cerca de 3 metros de comprimento, e folíolos triangulares, profundamente denteados. Floresce consecutivamente, despontando a primeira inflorescência do topo da planta, a partir das axilas foliares, e cada nova inflorescência surge mais abaixo, descendo até chegar próximo ao chão. As inflorescências são do tipo panícula, com flores bissexuais de cor verde a creme. Os frutos que se seguem são globosos, e adquirem a cor vermelha e posteriormente preta, quando maduros.
É uma planta monocárpica, crescendo por cerca de 15 anos ou mais, antes de florescer. Ao final do longo período reprodutivo, que pode durar alguns anos ainda, o caule que frutificou morre. No entanto, como se trata de uma palmeira entouceirada, a planta permanece viva, se renovando a cada nova brotação lateral.
De crescimento moderado a rápido, temos aqui uma planta com porte médio e muitas funções paisagísticas. No jardim, pode ser utilizada como ponto focal ou pano de fundo, como palmeira solitária ou em touceiras, servindo também para realçar e suavizar construções. Sua impressionante e diferente folhagem é muito atraente, dando um toque tropical, exótico e sofisticado ao mesmo tempo.
Por ser densamente entouceirada também presta-se como cerca-viva, com efeito não somente decorativo, mas barrando barulhos, poluição ou a visão. As plantas jovens são perfeitas como plantas envasadas, decorando ambientes internos, pátios e varandas em residências ou salas comercias, shoppings, etc. É de baixa manutenção, que consiste em adubações semestrais e na remoção da folhagem velha e danificada. Os caules mortos também devem ser removidos, mas é uma tarefa para cada 18 anos ou mais.
Curiosidades: Nos países de origem, a palmeira-rabo-de-peixe tem muitas utilizações tradicionais. As folhas bem jovens podem ser aproveitados como verdura, de sabor picante, geralmente cozidas e servidas com arroz. Do tronco se extrai um tipo de amido, que pode ser aproveitado como sagu.
As sementes são comestíveis, após a remoção completa da polpa venenosa dos frutos, e a seiva colhida das inflorescências é um rico xarope, que pode ser aproveitado para produzir açúcar e bebidas alcoólicas. Da palmeira também se extrai fibras que são aproveitadas na confecção de mobiliário, artesanato, etc.
Esta palmeira prefere locais de meia sombra ou até mesmo sombra clara, no entanto, em climas úmidos, ela vegeta também sob sol pleno. As mudas jovens, entretanto devem ser protegidas do sol intenso, que pode atrasar o crescimento e prejudicar a beleza das folhas, que ficam amarelas e com pontos marrons.
É bastante rústica e não tem muita preferência quanto ao tipo de solo, desde que seja drenável, mas responde bem ao uso de fertilizantes, orgânicos e químicos, principalmente os nitrogenados, que contribuem para o rápido crescimento e uma cor verde brilhante e vívida.
É interessante irrigar a palmeira-rabo-de-raposa nos primeiros anos de implantação, evitando que o solo seque completamente entre as regas ou chuvas. Não tolera períodos de estiagem prolongada. Prefere clima tropical, mas é capaz de tolerar geadas leves.
Multiplica-se por sementes, obtidas de frutos maduros e despolpados, postos a germinar em substrato mantido úmido, e mais facilmente por divisão das touceiras e brotos que surgem espontaneamente entorno da planta mãe. A germinação da sementes ocorre em cerca de 3 a 4 meses após o plantio.