A Cattleya coccinea é uma pequena orquídea epífita originária dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no Brasil, onde vegeta em áreas de Mata Atlântica, localizadas em altitudes compreendidas entre 600 e 1700 metros. Ela apresenta raras flores naturalmente rubras, e por isso, de grande interesse entre orquidófilos e orquidicultores. Até pouco tempo atrás, era mais conhecida como Sophronitis coccinea, mas foi reclassificada na nova APG IV. Apresenta crescimento simpodial, com pseudobulbos pequenos, fusiformes, monofoliados e que crescem densamente sobre o rizoma, formando touceiras.
Suas folhas surgem no ápice dos pseudobulbos, são coriáceas, conduplicadas, elípticas, em forma de espadas e de cor verde-escura. Já as flores, atrativo principal dessa planta, são de cor vermelha vibrante, com pétalas arredondadas e bem distribuídas, que lembram o formato de uma estrela de pontas redondas. Possuem labelo trilobado e tubular central, com tonalidade amarela a alaranjada e linhas vermelhas.
As hastes que sustentam as flores suportam apenas uma delas. A floração ocorre entre o final do inverno e o início da primavera e pode perdurar por 45 dias. Essa espécie é muito utilizada no desenvolvimento de híbridos, uma vez que é uma das poucas espécies de orquídeas que podem conferir a cor vermelha às flores de suas descendentes.
É comumente cultivada em vasos ou sobre as árvores no jardim, sendo de uma delicadeza ímpar. As orquídeas, no geral, atraem polinizadores, deixando o jardim ainda mais interessante. Se você tem uma coleção de orquídeas, essa Cattleya em miniatura não pode faltar. Mas atenção, ela não é indicada para iniciantes, pois é uma mini orquídea, muito delicada e exigente. Ocorrem ainda variedades de flores amarelas, denominadas C. coccinea flava ou C. coccinea aurea, e de flores alaranjadas, a C. coccinea rossiteriana raras em cultivo.
Considerada uma planta de difícil cultivo, a orquídea-vermelha pode ser uma das queridinhas do jardim se ela se adaptar ao local. Deve ser cultivada sob luz filtrada, com uma gradação de sombrite de 50%. Originária de regiões montanhosas do sul e sudeste do Brasil, ela aprecia o clima sempre úmido ao mesmo tempo em que prefere temperaturas mais amenas.
Essa delicada orquídea não prosperará em clima quente ou seco. Deve ser cultivada em substrato próprio para orquídeas epífitas de boa qualidade, incrementado com musgo esfagno, para retenção de umidade, sem prejudicar a aeração. As regas devem ser regulares, quase que diárias, de forma que o substrato seque ligeiramente entre elas, para não causar o apodrecimento de suas raízes. Portanto, evite os pratinhos embaixo dos vasos sob qualquer hipótese.
É recomendável cultivá-la em pequenos vasos de cerâmica ou barro, com amplos furos de drenagem, ou ainda tronquinhos de madeira e caixetas. É uma orquídea exigente com relação ao ambiente. Assim mantenha a umidade do ar elevada com um umidificador elétrico, uma fonte ou pratos com água no ambiente da planta. A temperatura ideal de cultivo situa-se entre 10 e 30ºC, com uma boa ventilação (evite o cultivo em estufas).
Por se tratar de uma orquídea pequena, não exagere na adubação, opte por fertilizantes orgânicos ou solúveis próprios para orquídeas. Sua propagação é facilmente realizada através da divisão das touceiras, permanecendo cada nova muda, com pelo menos 4 pseudobulbos maduros e saudáveis e um broto guia de crescimento. Comercialmente é multiplicada em laboratório por cultivo de meristemas e germinação de sementes.
