O espinafre-da-nova-zelândia é uma planta rasteira de textura semi-herbácea, muito cultivada para consumo como verdura. É a espécie de espinafre mais consumida no Brasil, o que causa muita confusão com o espinafre-verdadeiro, da espécie Spinacia oleracea, mais consumida nos Estados Unidos e Europa.
O espinafre-da-nova-zelândia apresenta ramagem ereta a prostrada, suculenta, ramificada, lenhosa na base e de cor verde brilhante. As folhas são igualmente carnosas, de formato triangular, dispostas alternas e de verde mais escuro e tamanho menor do que o espinafre-verdadeiro. As inflorescências são axilares, com uma a três flores, que podem ser unisexuadas ou bissexuadas, de cor verde a amarela. Os frutos são do tipo drupa, indeiscentes, com pequenos chifres.
Esta espécie de espinafre, a despeito de pertencer a outra família botânica, é utilizada da mesma forma que o espinafre-verdadeiro. Ela pode ser consumida crua ou cozida, em saladas, e enriquece o valor nutricional e o sabor de suflês, omeletes, recheios de massas e molhos para carnes. O espinafre-da-nova-zelândia tem pouquíssimas calorias (14 kcal) e é rico em vitaminas e minerais. Ele é uma uma ótima fonte de vitamina A (4400 UI), C (30 mg), riboflavina (0,1 mg), B6 (0,3 mg), cálcio (58 mg), ferro (0,8 mg), magnésio (39 mg), cobre (0,1 mg) e manganês (0,6 mg), além de conter boas quantidades de tiamina, niacina (0,5 mg), ácido pantotênico (0,3 mg), fósforo (28 mg), potássio (130 mg) e zinco (0,4 mg). * Quantidades em 100 gramas da planta crua.
Deve ser cultivado sob sol pleno, em solo fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Apesar de tolerar uma ampla faixa climática, o espinafre-da-nova-zelândia aprecia o clima ameno (temperatura ótima: 21ºC), produzindo mais nestas condições. Multiplica-se facilmente por sementes. O espaçamento entre as plantas deve ser de 50 cm. O ciclo do plantio até a colheita é de cerca de 70 dias.