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Choupala

Monoon longifolium

Raquel Patro

Atualizado em

Choupala - Monoon logifolium, Polyalthia longifolia

A choupala (Monoon longifolium, sinônimo Polyalthia longifolia), também conhecida como árvore-mastro, destaca-se pelo seu porte esguio e ornamental, sendo amplamente utilizada no paisagismo urbano. Sua capacidade de atuar como barreira acústica e visual, aliada ao crescimento rápido e baixa manutenção, torna essa espécie altamente valorizada.

O nome botânico Monoon longifolium tem origem no grego antigo, onde “monoon” significa “único” ou “singular”, referindo-se à morfologia floral da planta. O epíteto “longifolium” deriva do latim, significando “folha longa”, em alusão à forma lanceolada e alongada das folhas. O sinônimo botânico Polyalthia longifolia foi amplamente utilizado no passado, sendo derivado do grego “poly” (muito) e “althia” (curar), uma referência às potenciais propriedades medicinais da espécie.

Originária do subcontinente indiano e do Sri Lanka, a choupala ocorre naturalmente em florestas tropicais úmidas e áreas subtropicais, onde encontra condições ideais para seu desenvolvimento. Adaptada a climas quentes e úmidos, cresce espontaneamente em solos bem drenados, sendo comum em encostas e margens de rios. Em ambientes urbanos, demonstra alta resiliência à poluição atmosférica e tolerância à poda, o que contribui para seu amplo uso no paisagismo.

A árvore-mastro é uma espécie de porte médio a alto, podendo atingir entre 10 e 25 metros de altura. Seu crescimento é predominantemente vertical, com um tronco ereto e cilíndrico, de casca lisa a levemente fissurada, variando entre tons de marrom acinzentado e marrom-escuro. O sistema radicular é profundo e pivotante, conferindo resistência a ventos fortes e promovendo boa fixação ao solo.

O caule desenvolve-se a partir de um eixo central dominante, o que contribui para sua forma colunar característica. Com ramos finos e flexíveis, a árvore mantém uma copa densa e estreita, conferindo-lhe um aspecto piramidal alongado. Ocorre ainda a variedade Monoon longifolium var pendula, mais comum em cultivo, que exibe um crescimento mais pendente e acentuadamente colunar, sendo ideal para espaços estreitos.

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Detalhe das folhas da Árvore-mastro
Detalhe das folhas da Árvore-mastro

As folhas são perenes, alternas, simples e de consistência coriácea. De coloração verde-brilhante quando maduras, possuem textura lisa e margens onduladas, o que lhes confere um efeito ornamental distintivo. Em indivíduos jovens, as folhas surgem em tons de cobre ou bronze, passando gradualmente para o verde-claro e, posteriormente, para o verde-escuro.

O formato das folhas é lanceolado a oblongo-lanceolado, podendo medir entre 10 e 25 centímetros de comprimento e 2 a 5 centímetros de largura. A nervação é pinada e bem evidente, com a nervura central proeminente. A inserção foliar é dística, ou seja, as folhas se dispõem em duas fileiras ao longo dos ramos, favorecendo o sombreamento natural e a redução da temperatura ambiente ao seu redor.

A inflorescência da choupala é axilar e ocorre em pequenos grupos, com flores discretas pendentes ao longo dos ramos. As flores são hermafroditas e apresentam morfologia estrelada, com seis pétalas longas e estreitas, ligeiramente torcidas. De coloração predominantemente esverdeada a amarelada, exalam um perfume suave, que atrai polinizadores como abelhas e pequenos insetos. O cálice é composto por três sépalas triangulares, de tamanho reduzido, que persistem na frutificação. A floração ocorre principalmente na primavera e no verão, variando conforme as condições climáticas e a localização geográfica da planta.

Os frutos são do tipo baga, inicialmente verdes e tornando-se arroxeados ou pretos quando maduros. Pequenos e globosos, medem entre 1 e 1,5 centímetros de diâmetro e surgem em cachos curtos ao longo dos ramos. Cada fruto contém uma ou poucas sementes, envoltas por uma polpa carnosa que atrai aves frugívoras, desempenhando um papel importante na dispersão natural da espécie. O amadurecimento dos frutos ocorre de forma escalonada, prolongando sua disponibilidade ao longo das estações.

A árvore-mastro possui diversas curiosidades botânicas e culturais, que reforçam sua importância em diferentes contextos. Na Índia, país de origem da espécie, a choupala é amplamente utilizada em templos e jardins sagrados, sendo considerada uma árvore auspiciosa e símbolo de resistência. Seu crescimento rápido e colunar faz dela uma das poucas árvores tropicais que naturalmente assumem uma forma semelhante à de um cipreste, sendo frequentemente chamada de “Cipreste-da-Índia” ou “Ashoka falsa”, embora não tenha relação botânica com o verdadeiro Saraca asoca.

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Detalhe de frutos e flores
Frutos e flores. Foto à esquerda de Adityamadhav83. Foto à direita de J.M.Garg.

Outra peculiaridade da espécie é a capacidade de suas folhas de absorver poluentes atmosféricos, tornando-a uma excelente opção para regiões urbanas de alta poluição. Além disso, a folhagem jovem, de tonalidade bronzeada, foi tradicionalmente usada para a confecção de decorações festivas e artesanato local. Seu tronco delgado também foi historicamente empregado na produção de mastros e pequenas embarcações, justificando seu nome popular.

No paisagismo, a choupala é amplamente valorizada por sua versatilidade e funcionalidade. Seu crescimento vertical e denso a torna uma escolha ideal para a criação de cercas vivas naturais, oferecendo privacidade e servindo como barreira contra o vento. Sua estrutura densa permite o uso como barreira acústica, reduzindo ruídos em áreas movimentadas. A choupala apresenta alta tolerância à poluição atmosférica. Essa adaptação faz com que seja amplamente utilizada no paisagismo de ruas, avenidas e jardins públicos, atuando como um eficiente filtro natural contra poeira e partículas suspensas no ar. No paisagismo urbano é frequentemente utilizada em alamedas, corredores verdes e jardins formais, onde sua forma colunar confere um efeito arquitetônico elegante.

Devido à tolerância à poda, pode ser moldada em formatos específicos, incluindo sebes e esculturas topiárias. Sua resistência ao calor e baixa exigência hídrica fazem dela uma excelente opção para paisagismo sustentável, reduzindo a necessidade de irrigação frequente. Além disso, por não possuir raízes agressivas, pode ser plantada próxima a calçadas e estruturas sem risco de danos. A capacidade de crescimento rápido e adaptação a diferentes solos a torna uma das espécies mais procuradas para projetos de arborização urbana e jardins contemporâneos.

Alameda formada por Árvore-mastro (Monoon longifolium)
Alameda formada por Árvore-mastro (Monoon longifolium). Foto de Vinayaraj

A árvore-mastro prospera sob sol pleno, mas também apresenta bom desenvolvimento em meia-sombra, especialmente em regiões de clima mais quente. A exposição direta ao sol favorece uma estrutura mais compacta e densa, enquanto exemplares cultivados em ambientes sombreados podem apresentar crescimento mais alongado e menos ramificado. Quanto ao clima, essa espécie prefere condições tropicais e subtropicais, tolerando temperaturas elevadas e alta umidade relativa do ar. Embora seja adaptada a climas quentes, pode suportar quedas ocasionais de temperatura, desde que não sejam extremas ou prolongadas.

Não resiste a geadas severas ou temperaturas abaixo de 5°C, o que limita seu cultivo em regiões de inverno rigoroso. Em relação ao solo, a choupala exige um substrato bem drenado, fértil e moderadamente úmido. Prefere solos arenosos ou argilosos leves, com pH ligeiramente ácido a neutro, entre 5,5 e 7,0. Apresenta crescimento mais acelerado em solos ricos em matéria orgânica, mas também demonstra boa adaptação a substratos pobres, desde que sejam corrigidos com adubações periódicas.

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O cultivo da choupala exige regas regulares nos primeiros anos, garantindo a formação de um sistema radicular profundo e bem estabelecido. Após a fase inicial de crescimento, a árvore torna-se relativamente tolerante à seca, necessitando de irrigação apenas em períodos prolongados de estiagem. A frequência das regas deve ser ajustada conforme as condições climáticas e a textura do solo, evitando encharcamento, que pode comprometer a saúde radicular.

Quanto à adubação, a aplicação de matéria orgânica e fertilizantes equilibrados favorece o desenvolvimento da planta. Recomenda-se o uso de adubos ricos em nitrogênio (N) durante a fase inicial de crescimento, estimulando a formação da folhagem. Para manutenção, formulações equilibradas, como NPK 10-10-10, podem ser aplicadas trimestralmente, sempre em doses moderadas. Em solos pobres, o reforço com compostos orgânicos, como esterco curtido ou húmus de minhoca, auxilia na reposição de nutrientes.

A poda da árvore-mastro pode ser realizada ocasionalmente para controlar o porte e remover galhos secos ou malformados. No entanto, como essa espécie possui crescimento colunar natural, raramente necessita de intervenções drásticas. Quando utilizada como cerca-viva ou barreira vegetal, pode ser submetida a podas de formação para manter sua forma compacta e estética.

Aspecto colunar e pendente da Choupala.
Aspecto colunar e pendente da Choupala.

Embora seja uma espécie resistente, a árvore-mastro pode ser suscetível a algumas pragas e doenças, principalmente quando cultivada em condições inadequadas. Lagartas desfolhadoras, pulgões e cochonilhas são os principais insetos que podem afetar a planta, causando danos às folhas e comprometendo a estética da copa. O controle pode ser feito por meio da aplicação de óleo de neem ou inseticidas naturais, além do incentivo à presença de predadores naturais, como joaninhas.

Entre as doenças, o excesso de umidade pode favorecer a ocorrência de fungos, como o oídio e a antracnose, que provocam manchas foliares e queda prematura das folhas. A prevenção consiste em manter o espaçamento adequado entre as plantas, evitar irrigação excessiva e aplicar fungicidas naturais quando necessário.

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A propagação da choupala ocorre predominantemente por meio de sementes, sendo esse o método mais utilizado para sua reprodução. As sementes devem ser colhidas de frutos maduros, limpas e semeadas em substrato leve e bem drenado. A germinação ocorre em um período médio de três a seis semanas, dependendo das condições ambientais. Para aumentar a taxa de germinação, recomenda-se a imersão das sementes em água morna por 24 horas antes do plantio.

O transplante das mudas pode ser feito quando atingirem aproximadamente 30 centímetros de altura, garantindo que estejam bem enraizadas antes de serem levadas ao local definitivo. Além da propagação por sementes, a árvore-mastro também pode ser multiplicada por estaquia, embora esse método apresente menor taxa de sucesso em comparação à germinação natural.

Mudas prontas de Árvore-mastro para o transplante.
Mudas prontas de Árvore-mastro para o transplante.

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Sobre Raquel Patro

Raquel Patro é paisagista e fundadora do site Jardineiro.net. Desde 2006, ela desenvolve conteúdos especializados em plantas e jardins, pois acredita que todas as pessoas, sejam amadores ou profissionais, devem ter acesso a conteúdos de qualidade. Nerd de carteirinha, ela gosta de livros, ficção científica e tecnologia.