Os salgueiros-chorões atuais mais difundidos como árvores ornamentais são resultantes da hibridização entre a cultivar Salix babylonica ‘Pendula’ com S. alba, originando S. x sepulcralis, e com S. fragilis , originando S. x pendulina. Sendo que S. x sepulcralis é um híbrido mais indicado para terrenos secos, enquanto que S. x pendulina é mais apropriado para terrenos úmidos.
De porte médio, sua altura máxima varia de 10 a 25 metros. O caule é elegante, podendo ser tortuoso, com madeira frágil e casca parda-escura que racha com o passar dos anos. A copa arredondada é formada pelo conjunto de ramos longos e flexíveis, que chegam a tocar o solo. As folhas são simples, caducas, dispostas em espiral, lanceoladas, acuminadas, com margens serrilhadas e pêlos na página inferior. As folhas apresentam cor verde a verde amarelada na página superior e glauca na inferior, dependendo da cultivar. As flores surgem na primavera, elas são pequenas, esverdeadas, reunidas em inflorescênsias do tipo amentilho. Planta dióica (com sexos separados). O fruto é do tipo cápsula.
O salgueiro-chorão é uma árvore de cultivo milenar e grande impacto por sua folhagem pendente e muito diferente de outras espécies. Geralmente é plantada isolada, como ponto focal e remete a um certo misticismo, melancolia e contemplação. Os longos ramos balançam graciosamente com o vento, como uma cabeleira. Ela é procurada para plantio junto a lagos e rios, onde suas folhas podem tocar suavemente a superfície da água e até seu reflexo é ornamental. No entanto, não é um espécie apropriada para plantio próximo a tubulações de água, esgoto, tanques ou piscinas, pois suas raízes invasivas podem danificar a estrutura dos mesmos. Seu crescimento é rápido, mas infelizmente não é uma árvore muito longeva.
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica, úmido a bem drenável e irrigado regularmente no primeiro ano após o plantio. O salgueiro-chorão vai bem tanto em solos secos, tolerando curtos períodos de estiagem, como em solos muito úmidos, inclusive ajudando a absorver o excesso de água. Não tolera ventos fortes e sofre com geadas. Multiplica-se por estaquia e alporquia.